Geddel e sua Operação Uruguai
A Polícia Federal localizou na casa do ex-ministro Geddel Vieira Lima um comprovante de transferência bancária no valor de US$ 2 mil para uma conta no Uruguai, de novembro de 2016. O documento, com o timbre da Caixa Econômica Federal, é uma ordem à agência de Geddel para que pague o referido valor a Ernerstina Perez, no Banco de la Republica Oriental del Uruguay. Consta no papel que o objetivo da transação é “aluguel de imóveis”.
O material foi juntado às investigações da Operação Cui Bono, que apura se Geddel recebeu propina de empresas que pleiteavam recursos da Caixa – o peemedebista ocupou a vice-presidência do banco. A menção ao Uruguai fez lembrar o caso Fernando Collor. O ex-presidente usou como artifício para tentar justificar rendimentos e seu padrão de vida em 1992 empréstimo contraído no país vizinho, a famosa Operação Uruguai.
PF encontrou em poder do ex-ministro comprovante de transferência de US$ 2 mil ao país vizinho a título de “aluguel de imóvel”
No caso de Geddel, os investigadores apontam que ainda não foi encontrada relação entre esse documento e o objeto da investigação. Procurado, o advogado do ex-ministro, Gamil Föppel, afirmou que a transação foi para custear a hospedagem do peemedebista para uma viagem de férias ao Uruguai, mas que ele desistiu por uma “questão pessoal”. Disse ainda que Geddel não possui contas no exterior.
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