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Mutum é reintroduzido na fauna e se transforma em ave símbolo de Alagoas

Mutum é reintroduzido na fauna e se transforma em ave símbolo de Alagoas
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Pássaro retorna ao estado, após 30 anos sem registros na Mata Atlântica

Mutum é reintroduzido na fauna e decreto torna ave símbolo de Alagoas

FOTO: DÁRCIO MONTEIRO

Foi reintroduzido na fauna, na manhã desta sexta-feira (22), o Mutum-de-Alagoas, após quase 30 anos sem registros do pássaro na Mata Atlântica alagoana. A primeira área utilizada para reintrodução da espécie é o Centro de Educação Ambiental Pedro Mário Nardelli, uma reserva do município de Rio Largo. Na ocasião, o governador Renan Filho (PMDB) assinou o decreto que torna a ave símbolo estadual.

A volta do Mutum-de-Alagoas foi discutida por um grupo de trabalho formalizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Instituto do Meio Ambiente (IMA), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Ministério Público Estadual (MPE) e Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA).

O governador Renan Filho destacou a importância do retorno do Mutum, ao fazer menção aos 200 anos do estado, cuja agenda é extensa e se volta, por exemplo, ao resgate da cultura alagoana e à revitalização do Rio São Francisco.

“Hoje, estamos aqui num ato muito importante, que é fruto do trabalho coletivo de muita gente. Quero agradecer a colaboração do IMA, da Secretaria do Meio Ambiente, do setor sucroenergético, de todos que – direta ou indiretamente – colaboraram na preservação do Mutum, porque estamos reinserindo, na natureza, uma espécie que beirou a extinção”, explicou o governador, acrescentando que o retorno da ave é um exemplo ao Brasil.

Segundo Renan, a ideia era tornar o pássaro a ave símbolo do estado. “O Mutum é muito representativo do estado e, no mundo todo, só existe aqui, e isso numa faixa específica de terra. Agora que reintroduzimos a espécie na natureza, vamos baixar um decreto tornando-a símbolo estadual”, destacou Renan.

O chefe do Executivo ressaltou, no entanto, que não deve ser editado um decreto para a preservação específica do Mutum, pois já existe um voltado à preservação de maneira geral.

“O que há no Mutum é uma ação prática para cumprimento de uma lei. Este é um ato do Bicentenário de Alagoas, mas muita gente se empenhou nisso; algumas, inclusive, passaram a vida inteira construindo condição para reinserir o pássaro na natureza”, pontuou Renan Filho.

Os dois principais responsáveis pela preservação do Mutum, Pedro Nardelli e Roberto Azevedo, receberam uma homenagem pelo trabalho. Na oportunidade, também foi assinado um termo de comodato com a Usina Leão, para que o espaço se torne área de proteção ambiental.

Azeredo foi um dos responsáveis pela preservação do pássaro. Segundo ele, hoje existem aproximadamente 230 aves. Das vivas, 185 nasceram no criadouro dele. “Agora temos outros colaboradores que vão receber alguns casais, permitindo que a gente amplie esse trabalho”.

A solenidade conta com a presença de várias autoridades ligadas ao meio ambiente e agentes voltados a pesquisas na área. Além disso, esteve presente o ator Vitor Fasano, considerado um entusiasta da preservação ambiental.

O ator disse que, para quem gosta de história, este é um momento propício. “Isso ocorreu em outras partes do mundo, mas, em nenhuma delas, a população teve a sorte de encontrar um Pedro Nardelli. Se o homem do passado destruiu por ignorância, hoje, ele vai resgatar essa ave e nós precisamos ficar atentos como população. Talvez não tenhamos mais quarenta anos para salvar outras espécies”.

gazetaweb.com

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