ALIADO IMPORTANTE Novos cães fortalecem a segurança nos presídios alagoanos

Um trabalho que muitas vezes passa despercebido aos olhos da sociedade, tem ajudado os agentes penitenciários na segurança nos presídios. Nesta semana, o canil do Complexo Penitenciário recebeu o reforço de oito filhotes da raça pastor-belga Malinois, ampliando o número para 38 animais. Com a iniciativa, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) promove o melhoramento genético dos animais, formando um plantel mais treinado.

Para otimizar a atuação com cães, também foram adquiridos diversos equipamentos para os adestradores e agentes penitenciários que treinam os animais  periodicamente e mantém os cuidados necessários. Atualmente, 16 pessoas atuam na preparação dos animais do canil. Os animais são utilizados para farejar materiais ilegais nas unidades prisionais, como narcóticos ou explosivos, evitar tentativas de fuga, conter distúrbios, dentre outras ações.

Além do pastor-belga Malinois, o canil conta com cães das raças Pit Bull e Rottweiler. “Os cachorros são uma arma muito potente, inibindo possíveis tumultos e ajudando a garantir a segurança da muralha das unidades prisionais. No período noturno, a contribuição deles na segurança de uma unidade prisional pode chegar a 50%”, afirma o adestrador Reginaldo Basílio, há 19 anos trabalhando com os animais nos presídios de Alagoas.

Para evitar sobrecarga, é realizado um rodízio entre os animais. A cada três dias trabalhados, os cães ganham um dia de folga. De acordo com o supervisor do Comando de Operações Penitenciárias (COP), agente penitenciário Marcos Cavalcante, com treinamento, alimentação balanceada e de qualidade e cuidados veterinários, o canil do Complexo Penitenciário de Alagoas será referência nacional em 2019.

“Com o apoio do secretário da Ressocialização e Inclusão Social, coronel Marcos Sérgio de Freitas, reformamos o canil e hoje temos um espaço melhor para os cães, facilitando o repouso e evitando o surgimento de doenças. O pastor-belga Malinois é considerado um cão completo. Tem boa aptidão de guarda, contenção e faro. É utilizado pelas forças de segurança à nível mundial e hoje já é um reforço importante para manter a ordem no cárcere”, revela.

Cavalcante afirma ainda que todas as unidades prisionais contam com o trabalho dos cães. “Nosso objetivo é ter um animal com uma genética boa, treinado para evitar fugas, sem provocar grandes danos aos reeducandos, e que atue na busca de explosivos e materiais entorpecentes. Após analisarmos as aptidões dos animais, iremos direcioná-los para as funções de guarda, faro ou intervenção”, conclui o supervisor.