Queiroz diz que movimentação atípica vem de comércio de carros

Ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) falou pela primeira vez nesta quarta-feira (26)
Um relatório produzido pelo Coaf em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio indicou a movimentação financeira atípica de Queiroz quando trabalhou com o então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), que é filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Os dados do relatório apontam coincidências entre as datas de pagamento de salários da Alerj, depósitos em espécie na conta de Queiroz e saques em dinheiro pelo policial militar. A suspeita é que o policial militar fosse o responsável por recolher parte do salário dos funcionários de Flávio Bolsonaro -prática em alguns gabinetes do Legislativo. O senador eleito nega essa hipótese.
O relatório do Coaf aponta uma sincronia de datas entre as datas de pagamentos de salários na Alerj, depósitos em espécie e saques de dinheiro vivo na conta de Queiroz.
Na entrevista ao SBT Brasil, Queiroz não quis detalhar a origem do dinheiro que movimentava. “Esse mérito eu queria explicar para o MP (Ministério Público)”, disse.
O ex-assessor, no entanto, faltou a depoimentos no Ministério Público do Rio de Janeiro para explicar a movimentação atípica em sua conta.
A Promotoria afirmou que a defesa de Querioz disse que ele “precisou ser internado para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”.
Queiroz é amigo de Bolsonaro há 30 anos. Foi o presidente eleito quem indicou o policial militar para atuar como motorista do filho na Alerj. Ele foi nomeado em 2007 e deixou o gabinete no dia 15 de outubro deste ano.
Flávio Bolsonaro tem afirmado que é Queiroz quem deve explicações sobre o relatório do Coaf.
Durante a entrevista ao SBT, Queiroz também afirmou que seus rendimentos mensais giravam em torno de R$ 23 mil a R$ 24 mil, sendo “cerca de R$ 10 mil” vinda do salário de assessor e o restante da remuneração como policial militar. Com informações da Folhapress.