DENÚNCIA Prefeita faz farra com dinheiro público, pratica nepotismo e nomeia funcionários fantasmas em Major Izidoro
Santana Mariano nomeou boa parte da família para cargos estratégicos com super salários pagos pela Prefeitura
A farra na distribuição de cargos para parentes não se restringe apenas para familiares da prefeita. A chefe de gabinete da Prefeitura, Maria Patrícia Ferreira Almeida, tem o esposo, o pai, o sogro e o cunhado também em cargos comissionados.
Os salários são variados e, alguns deles, superiores a R$ 5 mil.
Prefeita de Major Isidoro, Santana Mariano
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A prefeita Santana Mariano tem um salário de R$ 21.638,01, mas os parentes dela também são bem remunerados pela Prefeitura. O esposo, César Soares Campos, é secretário municipal de Educação e recebe mensalmente R$ 5.932,90; o irmão, José Antônio Mariano Silva, é coordenador de Meio Ambiente, R$ 2.200,00; a filha, Carla Santana Mariano Campos é médica e recebe, por plantão, R$ 1.978,02; a sobrinha, Sara Mariano Silva Pereira, é a titular da secretaria de Obras e Urbanismo e também recebe R$ 5.932,90; a cunhada, Débora Tenório Mariano Silva, ocupa a Coordenadoria de Vigilância, com a remuneração de R$ 2.500.
Já a chefe de gabinete, Maria Patrícia, tem um salário mensal de R$ 5.832,90. O esposo dela, Douglas Vicente Silva Almeida, é chefe de compras e recebe R$ 3.000,00; o cunhado, Deivid Silva Almeida, é chefe de almoxarifado e recebe R$ 3.148,35. Já o pai, Claudionou Fausto Ferreira, é porteiro contínuo com remuneração de R$ 998,00. José Djalma de Almeida é o sogro e recebe como motorista a quantia de R$ 1.045,00.
O que chama atenção, porém, é que Deivid Silva e José Djalma são proprietários de uma borracharia na rua Antônio Guedes do Amaral, no centro de Major Isidoro. Segundo a denúncia, eles não prestam nenhum tipo de serviço à prefeitura, mesmo ambos estando na folha de pagamento. Ainda de acordo com o denunciante, eles são “funcionários fantasmas”.
Nomear parentes na administração pública é crime. A súmula vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (STF) veda expressamente a nomeação de parentes para cargos comissionados até terceiro grau, em linha reta (pai, mãe), em linha colateral (irmãos, tios e sobrinhos), e por afinidade (cônjuge).
A denúncia sobre as acusações de nepotismo e funcionários fantasmas na prefeitura de Major Isidoro serão levadas ao Ministério Público Estadual (MPE), que deverá investigar o caso.