AGUA 18/06
Home Geral Brasil SÍNDROME DE HAFF Irmãs são hospitalizadas no Recife com fortes dores musculares após comerem arabaiana

SÍNDROME DE HAFF Irmãs são hospitalizadas no Recife com fortes dores musculares após comerem arabaiana

SÍNDROME DE HAFF Irmãs são hospitalizadas no Recife com fortes dores musculares após comerem arabaiana
0
0

Elas foram diagnosticadas com a Síndrome de Haff

Duas pernambucanas estão internadas no Hospital Português, no Recife, após a ingestão de um peixe da espécie arabaiana ter causado fortes dores nos músculos além de uma urina escura.

A médica veterinária Priscyla Andrade, 31 anos, e a empresária Flávia Andrade, 36 anos, são irmãs e começaram a passar mal após almoço na casa da Flávia na quinta-feira passada , dia 18. Quatro horas após a refeição, os sintomas iniciaram e elas foram diagnosticadas com a Síndrome de Haff.

“Após 4 horas de terem ingerido o peixe, começaram a passar mal, a pressão subiu, o corpo foi ficando duro como uma câimbra generalizada e não entendiam o que estava acontecendo”, explicou Betina, a mãe delas.

Médica veterinária Priscyla Andrade está na UTIMédica veterinária Priscyla Andrade está na UTI

“Após 48 horas de internada, o médico falando o caso para outra pessoa, citou um caso desse fora do Estado que a pessoa havia comido uma arabaiana. Na mesma hora, minha outra filha Flávia levantou e disse: ‘Nós comemos””, conta Betina.
O Hospital Português não foi autorizado a divulgar o quadro de saúde das irmãs. Mas a mãe delas informou à reportagem que “o quadro de saúde da Flávia hoje é estável, porém requer cuidados ainda na medicação. Priscyla ainda encontra-se na UTI , com fortes dores musculares e abdominais e seus rins ainda não estão respondendo por completo, a respiração ainda muito ofegante”, informou.

De acordo com o médico infectologista Filipe Prohaska, a doença tem esse nome devido a uma conjunção de sinais. “O que chama atenção é que o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada. Com isso, ele cria uma toxina no interior que não tem nem odor nem sabor”, explica. Outra espécie passível de desenvolver a toxina é o tambaqui.

Ainda de acordo com o infectologista, hidratação é uma das formas de eliminar as toxinas. “O rim perde a capacidade de retirar as proteínas do músculo e as toxinas do corpo. A hidratação é uma das formas para tratar. Nos casos graves, pode ser necessário fazer hemodiálise”, acrescenta.

Prohaska ainda lembrou que a doença causa muitas dores musculares, por causa do ataque da toxina. “Lembra muito a dengue, mas sem febre. Se você comer peixe e sentir dores musculares, urina escura, procure imediatamente uma unidade de saúde”, orienta.

folhape

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *